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Artigo: Aquecimento global e seus efeitos, por Alfredo Horing

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  • Alfredo Horing, natural de Nova Ramada, é economista, especialista em Plano Diretor e possui MBA em Gerenciamento de Projetos.
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 Efeitos do clima sobre os preços não é algo novo, mas nos últimos anos percebemos que o recrudescimento dos índices inflacionários ocorre por um fenômeno de  impacto cada vez mais forte nos preços em especial sobre os alimentos. A ação climática por si já é fator preponderante na agricultura, já o gradativo aquecimento do planeta originando grandes transformações no clima gera um tom dramático para a segurança alimentar mundial.

Com objetivo de passar das negociações e planejamento para a implementação de ações para manter a temperatura média do planeta nos patamares atuais acontece a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), em Sharm el-Sheikh, no Egito, até o dia 18, com o tema lema “Juntos para a implementação”.

O Brasil segundo a ex-ministra do Meio ambiente Isabela Teixeira, uma das principais negociadoras do acordo de Paris, tem como principal vulnerabilidade o uso da terra, que abrangem o desmatamento sem controle que são responsáveis por 46% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Logo depois vem a agropecuária, com 27% das emissões, e só então o setor de energia, com 18%. Segundo ela “O Brasil deveria estar indo lá, em vez de esconder as florestas, revelar como de fato vai acabar com o desmatamento”.

A questão é como reconfigurar as desigualdades econômicas, sociais e ambientais presentes no planeta.  Regiões populosas e subdesenvolvidas com recursos econômicos escassos para enfrentar catástrofes são as que menos poluem, mas são as que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas. Por outro lado regiões mais ricas e desenvolvidas são as que mais poluem com a emissão do dióxido de carbono (CO2), originário do uso de energias fósseis e menos sobrem com os efeitos climáticos.

 A discussão tem se pautado nas ações necessárias a nível governamental para que o aumento da temperatura seja limitado a 1,5ºC — nível considerado como porta de entrada para mudanças climáticas perigosas. Medidas para que este nível fique estável põem em cheque interesses econômicos e em dificuldades países que são grandes consumidoras de energias fosseis (petróleo e carvão mineral). 

Para reduzir o dióxido de carbono (CO2) na atmosfera grande causador do efeito estufa e o aquecimento, termos da COP26 já orientava países a substituir o uso de energias convencionais por energias limpas, reduzindo o uso de energias, redução de emissão de metano, mudar para energias renováveis, abandonar o Diesel e a Gasolina, plantar mais arvores, remover os gases do efeito estufa do ar e ajudar financeiramente os países mais pobres.

 Acordos assinados e não cumpridas pelas nações resultam em dispêndio econômico cada vez maior para amenizar efeitos naturais e sociais. Assim líderes mundiais vão definir o futuro da população e como as ações de governo e da sociedade civil são capazes de mitigar efeitos do aquecimento global sobre a vida humana.

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