Alfredo HoringArtigos

Artigo: Pesquisas eleitorais e sua confiabilidade, por Alfredo Horing

Destaque
  • Alfredo Horing, natural de Nova Ramada, é economista, especialista em Plano Diretor e possui MBA em Gerenciamento de Projetos.
[metaslider id="165178"]

A divulgação dos últimos números das pesquisas eleitorais para Presidência da República, nesta segunda (19) pelo IPEC (ex-IBOPE) indicando que pela primeira vez um candidato aparece com a intenção de 52% dos votos válidos dentro da margem de erro, excluídos nulos, brancos e indecisos, teoricamente definiria a eleição para o Presidente da República no primeiro turno.

Sempre que se fala em pesquisas eleitorais, a confiabilidade do levantamento é alvo de divergências.

Segundo professor e cientista politico Geraldo Tadeu, coordenador do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas sobre a Democracia (Cebrad), o erro de uma pesquisa é relativamente raro e a probabilidade de acerto chega a 95% da realidade. Afirma ainda, que as pesquisas eleitorais são sérias e controladas pelo Tribunal Superior Eleitoral que exige o registro da metodologia aplicada, do instituto e do nome do responsável pelo levantamento, o que garante a qualidade da informação divulgada.

Ainda segundo o cientista político, as pesquisas são feitas com cálculos estatísticos confiáveis, mesmo em uma amostra de apenas 03 mil pessoas, em um universo de mais de 147 milhões de eleitores.

Geraldo Tadeu também destaca o detalhamento das entrevistas realizadas, o que permite obter informações sobre a idade, sexo, região de residência e classe econômica dos entrevistados.

Já no o mercado financeiro tenta precificar os rumos eleitorais e a especular rumos da economia do próximo governo. Um fato foi notadamente vista como positivo pelos investidores nesta segunda feira. Os ativos domésticos subiram mais de 2% com sentimento de otimismo, com efeito, “Henrique Meirelles” em apoio a candidato que lidera as pesquisas, mesmo antes das decisões das taxas de juros nesta quarta. O Dólar reverteu e voltou no patamar de R$ 5,15, com o Real entre as divisas de melhor desempenho comparado com pares.

 Atualmente no União Brasil, o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda é considerado o “pai” do teto de gastos do governo Temer, com fácil acesso ao mercado financeiro e ao empresariado do País. 

Embora ainda seja cedo para dizer se a estratégia vai funcionar, dá para adiantar que o mercado gostou da sinalização politica, sendo um aliado moderado ao efeito “populista”.

Para o cientista político, as pesquisas eleitorais não determinam o voto do eleitor, mas podem influenciar na decisão.

Próximo do pleito eleitoral (02 de outubro), vemos a possibilidade de haver mudanças nos números levantados pelas pesquisas, já que o percentual de eleitores que não sabem em quem votar ou votam nulo e branco é de 9%, da mesma forma a pesquisa aponta que 10% dos eleitores podem migrar seus votos a candidatos mais bem colocados.

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo