Estado apresenta primeiro registro de mosca-negra-dos-citros
Engenheiros agrônomos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) identificaram o primeiro registro de ocorrência da mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi) no Rio Grande do Sul.
A descoberta foi realizada durante inspeções de rotina em pomares de citros em março de 2021, na cidade de Porto Xavier. Ao longo do ano passado, as equipes de fiscalização da Seapdr fizeram inspeção em pomares à procura de incidência de pinta preta e do cancro cítrico, para manter estas pragas sob controle no Estado, e de uma praga conhecida como greening, que ainda não tem registro de ocorrência no Rio Grande do Sul.
“Os engenheiros agrônomos se depararam com uma espécie de inseto antes não encontrada e realizaram a coleta. O material foi enviado ao Laboratório Agronômica, credenciado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sendo então constatada a primeira ocorrência de mosca-negra-dos-citros no Estado. Mais quatro pomares próximos da primeira ocorrência foram vistoriados, onde a praga também foi encontrada”, relata a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, Rita Antochevis.
Os danos característicos da mosca-negra-dos-citros, ocasionados tanto pelos insetos adultos quanto as ninfas, são sucção de seiva, plantas debilitadas com murchamento, redução no número de frutos e morte prematura de plantas. “Na ocasião do monitoramento, foi encontrada alta ocorrência de insetos adultos, ovos e ninfas”, complementa Rita. Nas folhas e frutos, também foi constatada a presença de fumagina, um fungo que se prolifera em culturas atacadas por pragas.
A mosca-negra-dos-citros já foi considerada praga quarentenária presente no Brasil pelo Mapa, mas, com a expansão de sua ocorrência, deixou de fazer parte desta lista a partir de 2014.