Perdas nas lavouras de milho atinge média de 80% em Ajuricaba
Entidades ligadas ao meio agrícola manifestaram muita preocupação referente ao atual momento vivido no município de Ajuricaba por decorrência da falta de chuvas, situação que se arrasta por vários dias. A reunião provocada pela Prefeitura Municipal, através do vice-prefeito Paulo Dolovitsch, na manhã desta terça-feira (14), trouxe representantes das entidades que tratam das ações do meio rural para externar a situação vivida no campo.
A preocupação é maior em relação a baixa significativa das águas e perdas consideráveis nas culturas de verão. O milho, por exemplo, está tendo perdas em média de 80% e em algumas lavouras chega a 100%. A melhor produção se deu nas lavouras plantadas no cedo, início de agosto. A semeadura do cereal no município atingiu 3.650 hectares, sendo destes 1.000 ha para grão, o que não deve confirmar. Muitos produtores estão ocupando a massa verde e outros estão fazendo palhada para cobertura do solo e tentar uma segunda cultura. Outra preocupação registrada no encontro é por conta da baixa qualidade da silagem, que está sendo composta basicamente de palha.
Contudo, ainda sobre o milho, a preocupação se estende para o milho safrinha, que também sofre com a intempérie. Devido a essas perdas, as agências financeiras estão recebendo muitos pedidos de PROAGRO, que observa-se a partir de quebras de 60%, o que já é confirmado.
Em relação à soja as perdas são menores e se acentuam na necessidade de replantio. As lavouras em desenvolvimento ainda apresentam bom potencial de recuperação, considerando um cenário em que as chuvas voltem.
Durante a reunião também se tratou sobre as perdas na produção leiteira, que deve vir num segundo momento, considerando a baixa qualidade da silagem e o déficit das pastagens; perdas com a pisciculturas e necessidade de ligar aeradores e também em hortifrutigranjeiros.
Os representantes do agro foram enfáticos que todos os segmentos ligados ao meio agrícola passam por dificuldades e a recuperação se dará com a volta das chuvas.
Se a estiagem persistir, outros encaminhamentos serão necessários para atender o setor primário do município, conforme declarou o coordenador da Defesa Civil, Josemar Martins.