Cultivo de tilápia e outras espécies é liberado no Estado
Foi aprovado na terça-feira, dia 25 de maio, o Projeto de Lei 78/2021, que institui a Política Estadual de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura no Estado do Rio Grande do Sul. A proposição recebeu 39 votos favoráveis e 10 contrários. O deputado Clair Kuhn (MDB) e ex-presidente da Emater, foi um dos líderes que defendeu a iniciativa na Câmara.
O projeto beneficia de forma direta os produtores de peixe de Ajuricaba, bem como o beneficiamento. Assim, peixes como a tilápia, poderá ser produzida de forma legal no município e não mais na clandestinidade.
O prefeito Ivan Chagas comemorou a edição da medida e destacou que era uma luta antiga da administração, pois a tilápia é considerado o carro chefe para produtores, bem como o seu filé entre os preteridos.
Josemar Martins, Coordenador de Gabinete, juntamente com a coordenadora regional do MDB, vereadora de Panambi Merilin Timmermann Dessbesell, esteve em audiência com o deputado e ex-presidente da Emater, Clair Kun, no início do mês quando o tema foi pauta.
A legislação irá fomentar a atividade e garantir segurança jurídica aos criadores de peixes, crustáceos, moluscos, algas e outros organismos que vivem em ambientes aquáticos. “Essa vitória é resultado de uma luta antiga, da qual faço parte. Inclusive, quando presidi a Emater, esse tema sempre esteve entre as nossas prioridades. Sabemos da capacidade do nosso Estado em ampliar a participação no mercado no setor aquícola e estaremos juntos incentivando alternativas que mantenham nossos jovens no campo”, destacou o deputado Clair.
De acordo com ele, o setor oferece um amplo mercado a ser explorado. Como exemplo, ele citou que 90% da tilápia consumida no Estado vem de fora. Além disso, o ganho com a espécie vai além da alimentação, mas também para fins . “A pele serve para fazer bolsas e outros acessórios e ela expele uma resina que é usada no tratamento para queimaduras”, exemplificou.
O parlamentar, ex-presidente da Emater, citou que a instituição tem uma normativa para criar o tanque escavado, com recursos para essa técnica usada na aquicultura, e conhecimento para orientar o produtor. “A Emater tem a capacidade, a tecnologia e as regras ambientais necessárias e já vem desenvolvendo isso há muito tempo. Temos sim que dar oportunidade, regrar como estamos fazendo agora, e com isso vamos ter uma agricultura cada vez mais forte, diversificada e com qualidade e renda no bolso. Nenhum jovem fica no campo se não tiver renda”, completou Clair.