Ajuricaba tem 3 casos suspeitos de dengue; risco de epidemia é eminente
A Secretaria municipal de Saúde de Ajuricaba informou na quarta-feira (22) que já são três casos suspeitos de dengue no município. Devido à alta infestação do mosquito da dengue (Aedes aegypti), existe risco de epidemia. A Secretaria diz precisar do apoio da população para eliminar o mosquito e evitar novos casos. Se você apresenta algum destes sintomas procure uma Unidade de Saúde:
- Febre alta com início súbito (entre 39º a 40º C)
- Dor de cabeça
- Náusea ou vomito
- Dor atrás dos olhos
- Dor na barriga e náuseas
- Coceira
- Manchas vermelhas na pele;
- Dores nas articulações
O mosquito Aedes aegypti se prolifera com mais facilidade em períodos de calor e chuva. E para combater esse inseto, transmissor da dengue, zika e chikungunya, a Secretaria de Saúde de Ajuricaba vem realizando diversas ações, entre elas, visitas domiciliares com orientação para evitar focos do mosquito e notificações para moradores que apresentam em seus domicílios focos de mosquito da dengue. Mas para erradicar a ameaça é necessário que toda população se sensibilize e cada cidadão faça sua parte para evitar água parada e, com isso, a existência de possíveis criadouros.
Fumacê
Na última sexta-feira (17), equipe da Vigilância Sanitária de Ajuricaba este realizando esta atividade no bairro Planalto. Entenda como funciona.
A utilização do fumacê, conforme orientação do Ministério da Saúde (MS), SOMENTE É INDICADO EM LOCALIDADES ONDE EXISTE CASOS NOTIFICADOS DE DENGUE. Para cada caso suspeito notificado (dengue, Zika e Chikungunya), a Vigilância Ambiental faz o “bloqueio de caso”, ou seja, realiza a pulverização espacial do inseticida (malathion) com autorização e liberação do insumo pela Secretaria de Estado da Saúde RS, no entorno da moradia do paciente (nos quarteirões ao redor da residência da pessoa com sintomas).
Esse serviço é realizado sempre ao amanhecer ou ao entardecer, por ser o período de maior atividade do aedes, uma vez que ele tem hábitos diurnos, diferente das demais espécies de mosquitos. A aplicação do veneno em outro momento do dia não seria eficaz, uma vez que teria efeito apenas sobre o mosquito adulto, não destruindo ovos e larvas.
O fumacê não é indicado para controle de pernilongos, pois sua aplicação atinge a população de insetos em sua totalidade, podendo provocar desequilíbrio do ecossistema. Com isso, afastando pássaros por um bom período e, principalmente, pode tornar a população de Aedes aegypti resistente à ação do inseticida, tornando-o menos eficaz em caso de epidemia de dengue, zika, chikungunya e até mesmo a febre amarela ao meio ambiente, com a morte de insetos polinizadores, como abelhas e borboletas e seus predadores naturais.
A aplicação do inseticida de maneira espacial (no ar) é uma forma apenas emergencial e complementar às demais técnicas e ações de enfrentamento do mosquito. É preciso continuar com as ações de bloqueio de transmissão com ações de eliminação de focos do mosquito, além da educação com informações sobre prevenção do inseto nas residências.