Artigo – Jean Bertollo: Como enfrentar nossos problemas?

O ser humano, desde que nasce é um causador de problemas. Mas também somos um solucionador de problemas. A vida é uma sucessão de problemas e solução de problemas, portanto, não vale a pena perdermos a vontade de viver por causa de algum desses problemas. Ora, são parte da vida, são a vida.
Pessoas mais abastadas, ou mais bem sucedidas também têm problemas. Talvez são problemas até maiores e mais complexos, que pessoas de níveis socioeconômicos e intelectuais inferiores nem conseguiriam conceber. Isso acontece porque nosso caráter vai se fortalecendo na medida em que enfrentamos e solucionamos problemas mais complexos e maiores. Ninguém, absolutamente, vive sem problemas. Os problemas só ficam maiores na medida em que nós também nos tornamos mais fortes. Mas, e se chamarmos isso não de problemas, mas de desafios?
Problema é uma palavra de conotação bastante negativa. Parece que é algo indesejado. Desafio não. Desafio é algo que nos fortalece, que nos deixa mais capazes.
Quem está encontrando desafios é por que está evoluindo. Ninguém encontra desafios por estar estagnado, parado. Veja por esse lado: um desafio (problema) surgiu, então serei mais capaz para lidar com alguma coisa na minha vida.
É como se começássemos a vida com um nível 1 de desafios: pegar um objeto, segurar um objeto, colocar algo na boca. Depois passamos para níveis mais altos: andar, falar, solicitar objetos e coisas. Depois vamos para níveis maiores: socializar, entender os comportamentos e ações dos outros, nos inserirmos num contexto social. Então, quando estamos no nível 5, encontramos um desafio do tipo superar um pequeno fracasso, ou fazer algo totalmente novo, e paralisamos, como se já estivéssemos no teto, no final, como se não desse mais pra evoluir além do nível 5.
Acontece que sempre tem mais. Esses níveis não terminam no 10. O cérebro humano tem uma capacidade que está além de qualquer compreensão que temos sobre as coisas no universo. Conhecemos mais o espaço e os planetas a trilhões de quilômetros do que a nossa capacidade.
Potencial: é isso que somos. Um potencial sem limites claros, sem barreiras conhecidas. Pense em alguém que você admira, certamente possui características que parecem ir além de sua compreensão. Somos potencial, mas pra esse potencial se tornar algo concreto precisamos enfrentar desafios, ter responsabilidades e solucionar, eternamente, problemas.
Podemos escolher quais problemas são significativos para nós. Imagine isso: para um médico, o problema de quanto tempo ele consegue nadar não é um problema útil de resolver, já para um atleta que pratica natação esse é um problema útil de ser resolvido. Memorização de diagnósticos não é um problema relevante para o nadador. Não podemos nos importar com tudo. Devemos escolher com o que nos importamos.
Temos que escolher, no fim das contas quais são os problemas que estamos dispostos a resolver e aceitar em nossas vidas.
Ainda bem que, com a mentalidade certa, e escolhendo os problemas certos, sempre ficamos maiores do que nossos problemas, no final das contas.
[our_team image=”//ajuricaba.com/wp-content/uploads/2019/01/Jean-Bertollo-sobre.jpg” email=” jeann1984@hotmail.com” phone=”(055) 9-9147-8099″ style=”vertical”]Jean Alessandro Bertollo nasceu em 1990, formou-se em Psicologia pela Unijuí em 2018, concurseiro e amante dos estudos. Interessado em comportamento humano, psicologia aplicada ao trabalho e gestão e aprimoramento pessoal, aprendizagem e cognição. Escreve semanalmente para Folha de Ajuricaba, Jornal Ramadense e Ajuricaba.com
//medium.com/psicologiadocotidiano[/our_team]