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Artigo – Jean Bertollo: Quando parar de reclamar?

Reclamar é uma atitude mental e comportamental que mostra nossa insatisfação perante as coisas. Quem reclama bastante geralmente esperava obter algo a mais do que acabou conseguindo, fica sentindo que o mundo lhe deve algo.

Contudo, o mundo não nos deve absolutamente nada. O mundo não nos deve resultados melhores para nossos projetos, nem um clima melhor quando resolvemos planejar uma saída ao ar livre. O mundo está ali, presente, pouco se importando pra nossas vontades.

Há pessoas que custam entender isso. E aí que vem a irritação. “Não é justo”, pensamos, e nos esquecemos de que o mundo é qualquer coisa, menos justo. “Justo comigo tinha que acontecer isso?”, pensamos, e nos esquecemos que somos um dentre mais de 6 bilhões de pessoas também querendo mais do que tem.

Não digo que toda reclamação é inútil, longe disso. Veja bem, a reclamação que implica ações, essa é extremamente útil. Quando você contrata um serviço, reclamar com que pode melhorar o serviço é útil, reclamar pra outra pessoa é inútil. Reclamar com quem prestou o serviço pode até fazer com que a pessoa melhore esse serviço da próxima vez, mas reclamar com nosso vizinho não vai ajudar nem a nós, nem o vizinho, e nem a quem fez o tal serviço.

Reclamação passiva e reclamação ativa. Chamaremos assim.

Reclamação passiva é sentar e reclamar do mundo, achando que há alguma inteligência que captura vozes pelo mundo e reporta ao centro de melhoramento mundial. Claro que tal coisa não existe. Mas há pessoas que podem ouvir tais reclamações, ou há modos de reclamar agindo, mudando, modificando as coisas que estão ruins, eu chamaria isso de relamação ativa, uma forma de mudança do que está ruim.

Reclamar do mundo sem propor nada como alternativa é cômodo e fácil, porém inútil.

Com frequência reclamamos de uma pessoa pra outra. Isso parece ser um reflexo da nossa falta de ética e de coragem de reclamar para a pessoa certa, ou para reconhecer que o mundo não nos deve nada. Reclamar do tempo: existe algo mais inútil do que isso? No entanto fazemos isso a todo momento, basta fazer um baita frio ou um forte calor, lá estamos nós reclamando. Espero que muitas dessas reclamações sejam apenas pra puxar conversa mesmo, porque se for uma reclamação genuína, significa que estamos querendo muito mais do que podemos ter, que estamos nos sentindo muito mais importantes do que deveríamos nos sentir.

Que possamos fazer reclamações mais construtivas, mais ativas, que nos permitam maior controle sobre as coisas, e que possamos parar de reclamar do mundo e de todos a todo o instante. A vida seria certamente mais leve deste modo.

Jean Bertollo. Psicólogo CRP 07/29.848. Atende ao lado à Imobiliária Hoffman. Agendamento 991478099 ou 996646298

 

[our_team image=”//ajuricaba.com/wp-content/uploads/2019/01/Jean-Bertollo-sobre.jpg” email=” jeann1984@hotmail.com” phone=”(055) 9-9147-8099″  style=”vertical”]Jean Alessandro Bertollo nasceu em 1990, formou-se em Psicologia pela Unijuí em 2018, concurseiro e amante dos estudos. Interessado em comportamento humano, psicologia aplicada ao trabalho e gestão e aprimoramento pessoal, aprendizagem e cognição. Escreve semanalmente para Folha de Ajuricaba, Jornal Ramadense e Ajuricaba.com
//medium.com/psicologiadocotidiano[/our_team]

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