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Preço do feijão pode subir mais de 100% nos supermercados

Nos próximos dias o feijão pode pesar para o consumidor. Com o clima instável, possibilidade de geada e novas chuvas, a fraca colheita do feijão no interior do Paraná deve elevar o preço do produto nos supermercados, informa o Instituto Brasileiro do Feijão & Pulses (Ibrafe).

A saca de feijão carioquinha (60 kg) que era comercializada em Castro (PR) a R$ 118 no dia 15 de maio, nesta segunda-feira (22) já é negociada a R$ 235 – variação de 100% no preço. “O feijão hoje na gôndola está mais barato do que para o produtor”, comenta Marcelo Eduardo Lüders, presidente do conselho do Ibrafe.
Segundo o especialista, o aumento deve ser repassado ao consumidor já nesta semana. “Vai começar imediatamente. O produtor está vivendo o caos no campo. Mesmo com o preço subindo ele não está ganhando”, afirma, referindo-se às perdas geradas pelo clima.

Responsável por cerca de 20% da produção nacional, em uma das principais regiões produtoras de feijão, o Sudoeste paranaense, a geada devastou lavouras de Pato Branco. Em outros locais, como nos Campos Gerais, se a previsão de tempo nublado continuar, a consequência é a sequência de colheitas menores.
Pode faltar feijão carioquinha

De fato, a variação ainda não chegou ao consumidor. Neste início de semana, conforme dados da Secretaria Municipal do Abastecimento, o quilo do preço do feijão carioquinha girava em torno de R$ 4, nos principais mercados da cidade. Já o feijão preto, entre R$ 3,40 e R$ 3,60.

No começo do ano, o preço do quilo chegava a R$ 6 no varejo, indica a Secretaria da Agricultura do Paraná. Após o recuo dos últimos meses, agora, pode haver inclusive, além do aumento, desabastecimento do feijão tipo carioquinha, uma vez que 20% da segunda safra (safrinha) deste ano foi perdida, segundo Lüders.
A recomendação do Ibrafe é pela compra das outras variedades de feijão, como o preto, que pode ser importado da Argentina pelos revendedores – o que já não ocorre com o “feijão branco”. “O consumidor reclama, mas não tem o que fazer, já que é um alimento insubstituível na mesa dos brasileiros”, completa Lüders.

O especialista confirma também que “não há limites para o aumento, já que o volume de produção depende do clima” e prevê que quedas de preço podem ocorrer somente após a colheita da terceira safra, ao final do ano – se o tempo colaborar, claro.

As informações são do site Agrolink.

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